segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Homenagem de David Bowie à Florian Schneider, fundador do Kraftwerk.





A canção é o principal single do álbum homônimo de Bowie, lançado em outubro de 1977. O disco é a segunda parte do que veio a ser chamada de “trilogia Berlin”, período considerado por muitos como como o ápice criativo do artista.

Bowie refugiou-se em Berlin com o amigo (e não menos influente) Iggy Pop, numa tentativa de reabilitação dos excessos e de longas turnês. Na cidade, abusou de toda a influência do Krautrock, vertente alemã do rock marcada por suas batidas quase matemáticas e o pioneirismo nos experimentos com sintetizadores e baterias eletrônicas. Foi dessa cena que saíram bandas fundamentais como Can e Kraftwerk.
Deste prolífico ambiente saíram três obras-primas da extensa discografia do camaleão: “Low”, “Heroes” e “Lodger”.
LANÇAMENTO DA BIOGRAFIA DO KRAFTWERK

POR ALEX KIDD
DE SÃO PAULO

Segundo David Levy, pesquisador britânico de inteligência artificial, é possível que o primeiro casamento entre um homem e um robô ocorra até 2050.

É um futuro com o qual o Kraftwerk sonha há décadas. Nos anos 1970 e 1980 (quando Apple e IBM engatinhavam), o quarteto criou uma música tecnológica com batidas robóticas que hoje soam como trilha de videogame.

Tendo a Alemanha pós-Segunda Guerra como cenário, os rapazes de Düsseldorf tinham uma meta: rejeitar todas as tradições da música pop e inventar algo completamente novo.

Com sintetizadores e certo romantismo, compuseram sobre rodovias, trens e computadores —a música folk das fábricas.

Avessa aos holofotes, a banda raramente dava entrevistas. Desvendar suas origens: eis o desafio de David Buckley na biografia (só parcialmente autorizada) “Publikation” (2011), recém-lançada no Brasil.

“Não foi fácil”, ele afirma à Folha. Ralf Hütter e Florian Schneider, fundadores e cabeças pensantes do Kraftwerk, recusaram-se a colaborar com a obra.

Mas os ex-integrantes Wolfgang Flur e Karl Bartos compartilharam sua “memória RAM”, e desses papos Buckley —que já escreveu sobre David Bowie—extrai algoritmos interessantes. “Eles eram a antítese do rock dos anos 1970. Em vez de cabelos longos e jeans rasgado, se vestiam feito bancários.”

A maior polêmica envolve a concepção de “Autobahn” (1974). Segundo Buckley, Conny Plank foi o grande responsável pelo som do Kraftwerk. Ele coproduziu o disco e deu a ideia de trocar o órgão pelo sintetizador. Nos créditos, porém, só aparece como engenheiro de som.

Se o Kraftwerk deu corpo aos ritmos sintéticos, foi o italiano Giorgio Moroder quem os levou ao topo das paradas. Dono de um bigode canastrão, o produtor de faixas como “I Feel Love” (Donna Summer) já usava sintetizadores para incrementar sua disco music nos anos 1970.

Buckley reproduz uma provocação de Moroder: “Eles acham que com uma melodia fácil e um sintetizador podem criar um hit”.

A resposta de Düsseldorf veio com “The Man-Machine” (1978). Músicas como “The Robots” ironizavam o calor da disco music, com elementos do gênero pontuados roboticamente.

David Bowie era um apreciador da “paródia do minimalismo” feita por eles. De cafés e noitadas com Bowie e Iggy Pop nasceu o álbum “Trans-Europe Express” (1977), que cita os dois na faixa-título.

Bowie homenageou Florian em “V-2 Schneider”, do disco “Heroes” (1977). Para batizar a música instrumental, fundiu o nome do amigo ao do primeiro míssil balístico, usado pelos nazistas em Londres.

Ainda assim, o Kraftwerk declinou parceria com o britânico. Idem para Michael Jackson, que os queria produzindo “Thriller”.

Para Buckley, a derrocada criativa se deu após Hütter se apaixonar por uma máquina, a bicicleta —tema do último disco de estúdio  da banda, “Tour de France” (2003). “Obcecado pelo ciclismo, ele não tinha mais interesse em turnês.”

Hütter, único remanescente da formação original, comenta em entrevista reproduzida no livro o legado do Kraftwerk: “É a ideia de não separar dança aqui, arquitetura ali e pintura lá. Rompemos a barreira entre artesãos e artistas. Éramos operários da música”.

http://www.pensamento-cultrix.com.br/kraftwerkpublication,product,978-85-5503-024-6,0.aspx

quarta-feira, 7 de maio de 2014

KaS Product - Eletropunk minimalista



KaS Product é um duo eletrônico francês. Sua música tem sido considerada parte dos movimentos franceses ColdWave e Eletropunk..Formado em 1980, o duo é composto por Spatsz, que cuida da parte eletrônica e das máquinas que criam ritmos e por Mona Soyoc na guitarra, vocais e piano. Spatsz trabalhava em um hospital psiquiátrico anteriormente, enquanto Mona trabalhou com uma banda de jazz antes de conhecer Spatsz.
Sua música é feito com base em uma eletrônica minimalista e tem estilo vocal semelhante ao Suicide e Soft Cell.
Seus primeiro e segundo álbuns foram relançados com faixas bônus.Experimental e foi relançado com cinco faixas bônus:. "Mind", "Seven", "Doctor Insane", "In Need" e "Malena" By Pass foi relançado com quatro faixas bônus: "Scape", "Sweet & Sour", "Crash" e "Party". Todas as faixas dos dois CDs foram remasterizados.

Página oficial: http://www.kasproduct.com/